“Por mais que na batalha se vença um ou mais inimigos, a vitória sobre si mesmo é a maior de todas as vitórias.”. - Buda Sakyamuni

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sobre o que é o Yôga.

A PALAVRA YÔGA
O termo Yôga* é masculino, deve-se escrever com Y e com acento no 
ô. O acento pode variar, dependendo da convenção utilizada 
(circunflexo, macro, etc.). Contudo,  seja qual for o acento, a palavra 
sempre deve ser pronunciada com ô longo e fechado. O vocábulo 
Yôga significa união, no sentido de integração ou integridade. 


A DEFINIÇÃO DO YÔGA
Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao 
samádhi*.
 Esta é a definição mais abrangente e que serve para todas .
as modalidades. 
                                                
*O acento  indica apenas onde está a sílaba longa, mas ocorre que, muitas vezes, a tônica 
está noutro lugar. Por exemplo: pújá pronuncia-se “púdja”; e yôganidrá pronuncia-se 
“yôganídra”. Para sinalizar isso aos nossos leitores, vamos sublinhar a sílaba tônica de cada 
palavra. Consulte o CD  Sânscrito - Treinamento de Pronúncia para aprender  a  pronunciar 
melhor. [A repetição do texto é intencional e foi admitida como concessão didática.]
*Samádhi é o estado de hiperconsciência e autoconhecimento que só o Yôga proporciona. 
Não tem nada a ver com o satori do Zen, nem com o nirvana do Budismo. Essas confusões 
são perpetradas pelos teóricos, que leram muito e tendem a embaralhar os sistemas no afã de 
encontrar um ponto em comum ou para exibir sapiência. 


ORIGENS DO YÔGA ANTIGO
Em termos de classificação, Yôga é uma filosofia. Filosofia de vida. 
Filosofia prática. Há 4 troncos e 108 ramos de Yôga, todos diferentes 
e muitos deles incompatíveis entre si. Por isso, quem se dedica a uma 
vertente não deve mesclá-la com outra. No desenrolar deste capítulo 
compreenderemos a razão. Para tanto, é preciso conhecer a história do 
Yôga. 


UMA VIAGEM NO TEMPO E NO ESPAÇO
O estudo do Yôga e da sua história é cativante por tratar-se de uma 
aventura no tempo e no espaço. Primeiramente, transportamo-nos ao 
Oriente, à Índia, região para nós misteriosa, transbordante de magia, 
divindades, poderes, fenômenos, montanhas e rios sagrados, templos e 
monges. 
Além dessa viagem ao Oriente, precisamos realizar uma expedição no 
tempo, recuando mil, dois mil, três, quatro, cinco mil anos! Como
seria o povo que viveu naquela época? Quais seriam seus valores e 
estrutura comportamental? Para termos uma idéia mais precisa do 
que significa isso, se retornarmos no tempo dois mil anos, estaremos 
próximos do ano zero da Era Cristã. Se voltarmos mais dois mil, ainda 
faltarão mil anos para chegarmos ao palco temporal em que tudo 
começou. 


A OPÇÃO DO YÔGA PRÉ-CLÁSSICO
Muita gente pergunta-nos a razão pela qual elegemos para ensinar 
especialmente o Yôga Pré-Clássico. Não seria mais confortável 
trabalhar com o Clássico ou algum mais moderno, dos quais encontrase bibliografia às mancheias? Por qual motivo dedicar-nos a uma 
modalidade que é considerada extinta na própria Índia e de tão difícil 
investigação? A resposta é: o Yôga mais antigo é o melhor, o mais 
autêntico, o mais completo, o mais forte e o mais lindo. Ainda que ele 
não o fosse, constituiria uma experiência fascinante pesquisar o Yôga 
Primitivo por tratar-se de um dos mais arcaicos patrimônios culturais 
                                                
QUAL É O YÔGA MAIS AUTÊNTICO
Não há dúvida de que o Yôga mais autêntico é o original. Todos 
concordam com essa premissa. O primeiro a surgir é o mais legítimo. 
As outras variedades modificaram a proposta e a estrutura inicial, 
conseqüentemente, passaram a oferecer versões menos genuínas. É aí 
que muita gente se melindra com a verdade, pois ela poderia estar 
afirmando que o Yôga professado por este ou por aquele não é tão 
fidedigno. E isso é difícil de se aceitar. Requer muita humildade e 
pouco ego.  
Contudo, a verdadeira proposta do Yôga original é relativamente fácil 
de se demonstrar pelo estudo da Cronologia Histórica do Yôga. 

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